Alô Brasil

Amazonas

A beleza do verde


O nome, que se transmitiu do rio à região e, depois, ao Estado, deve-se ao explorador espanhol Francisco Orellana. Em 1541, quando desceu o rio em toda a sua extensão, Orellana combateu uma tribo de índios, que alegou serem guerreiras. Comparou-as, então, às amazonas, lendárias guerreiras habitantes da Ásia Menor na Antigüidade, que queimavam o seio direito para melhor manejar o arco. Amazón é o prefixo privativo grego a- = "não", e o gr. mazós = "seio".


O conhecimento do território que hoje constitui o Estado do Amazonas vem do século XVI, quando Francisco Orellana singrou o rio Marañón até alcançar o Oceano Atlântico (1539-1542). A expedição encontrou tantas riquezas na floresta que os relatos chegados à Europa despertaram a cobiça sobre as novas terras de Espanha (pelo Tratado de Tordesilhas, a região Amazônica pertencia à Espanha).


Quase de imediato, os ingleses e os holandeses, que disputavam o domínio da América, entregaram-se à exploração do Amazonas, aí lançando as primeiras bases de implantações coloniais, através de levantamento de feitorias e pequenos fortes (1596). Portugal também não ficou para trás. No período da união dos reinos ibéricos (1580-1640), aceitou a tarefa de defender as terras amazônicas.


Assim, em 1616, o capitão Francisco Caldeira de Castelo Branco recebeu ordens de marchar sobre o Amazonas, onde suas forças chocaram-se contra os ingleses e os holandeses ali estabelecidos. Os combates prolongaram-se até meados do século, quando foi destruída a última posição holandesa na área do atual Amapá.


Em 1750, o Tratado de Madri deu a Portugal a posse definitiva da área. Em 1755 foi criada a capitania de São José do Rio Negro que, com a independência do Brasil em 1822, foi incorporada ao Pará. Uma revolta popular, em 1832, exigiu sua autonomia, finalmente concedida em 1850 por dom Pedro II, que criou a província do Amazonas.


Em meados do século XIX, descobriu-se que a Amazônia continha as maiores reservas mundiais de seringueiras, o que levou àquela região várias expedições científicas, na maioria dos EUA e Reino Unido. A exploração da borracha levou a riqueza para a região mas, com a concorrência asiática, o preço do produto caiu para mais da metade e, em plena depressão, o Estado do Amazonas sofreu ainda desmembramentos em sua área pela criação dos territórios federais de Rio Branco (atual Roraima) e Guaporé (atual Rondônia). A floresta e os rios voltaram ao isolamento.


O Estado retomou seu crescimento lentamente, com a construção de rodovias, a criação de órgãos de planejamento (como a Sudam) e o desenvolvimento de pólos industriais, como a Zona Franca de Manaus.


O Amazonas ocupa uma área de 1.577.820,2 km2 com uma população de 2.217.163 habitantes, sendo 49,62% mulheres e 50,38% homens. A população urbana atinge 71,41% enquanto que a rural, 28,59%. Suas cidades mais importantes são Manaus – a capital –, Manacapuru, Tefé, Parintins e Itacoatiara. Possui ao mesmo tempo as terras mais altas (pico da Neblina, 3.014m) e a maior extensão de terras baixas (menos de 100m) no Brasil.


Seus rios principais são: Juruá, Purus, Madeira, Negro, Amazonas, Içá, Solimões, Uaupés e Japurá.


O Estado possui clima quente e chuvoso. A temperatura média anual é de 26oC e os totais pluviométricos ultrapassam os 2.500mm. Com exceção da região oriental, onde se faz sentir uma nítida estação seca nos meses de julho e agosto, o Estado recebe chuvas durante o ano inteiro.


A economia do Estado do Amazonas se baseia no extrativismo, mineração, indústria e pesca.


Vale a pena visitar o Teatro Amazonas, um dos teatros mais bonitos do mundo. Inaugurado em 1896, foi financiado por comerciantes europeus no apogeu do ciclo da borracha.


Quem gosta de praias não pode deixar de ir à Praia de Ponta Negra, a mais freqüentada e badalada praia do rio negro. Parece um mar: só faltam as ondas e a cor azul. Tem 2 quilômetros de extensão, quiosques, cadeiras, quadras de esporte, ciclovias e um anfiteatro para shows.


AMAZÔNIA

A natureza
em perfeita harmonia


Fica na região norte da América do Sul. Inclui toda a bacia Amazônica, com terras do Brasil, Guianas, Equador, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela. É grande como ela só: cobre nada menos do que 45% do nosso Brasil com o que existe de mais selvagem, variado e exótico. Dona de um quinto das águas doces e de 31% das florestas tropicais do planeta, mistura água e floresta numa bela combinação. Em suas águas vivem 2 mil espécies de peixes. No ar, mais de mil tipos de pássaros. No total, 1,5 milhão de espécies vivas, a maior diversidade da terra. A natureza falando mais alto.
Em esplêndida harmonia.



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