BAHIA

Terra dos Encantos


Em carta de 1504, relatando sua viagem de 1501, Américo Vespúcio noticia a descoberta da região, que recebeu o nome de baía de Todos os Santos, por possuir uma grande enseada e ter sido descoberta em 1o de novembro de 1501, dia de Todos os Santos. O "h" que há no nome veio depois, conforme instruções aprovadas pela Academia Brasileira de Letras.


Tomé de Souza, o primeiro governador-geral, fundou Salvador, que se tornou a primeira capital do país, em 1549.


No século XVIII, a Bahia foi dividida em quatro comarcas. Acompanhando a conquista do território e também orientações de Portugal, ficaram caracterizadas quatro zonas de produção:
    1. Recôncavo, para a cana-de-açúcar;
    2. Jaguaribe e Camamu, para a farinha de mandioca;
    3. Tabuleiros ou Areais, para fumo e mandioca;
    4. Sertão, para o gado.
A principal característica da economia foi a de ser voltada para o mercado externo, com as terras da Bahia colocadas como fornecedoras de matérias-primas e artigos da lavoura tropical, que interessavam à Europa.


Em 1798 o Estado foi palco da Conjuração Baiana, que propunha a formação da República Baiense. Após a independência do Brasil, os baianos exigiram maior autonomia e destaque. Como não foram atendidos, organizaram levantes armados que foram inibidos pelo governo central.


A Bahia está situada na região Nordeste. Ocupa uma área de 567.295,3 km2, com uma população de 12.276.461 habitantes. As cidades mais populosas do Estado são Salvador (a capital), Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus e Juazeiro. Seu território pode ser considerado elevado, já que 90% de sua área está acima de 200m.


Seus rios principais são o São Francisco, Paraguaçu, Jequitinhonha, Itapicuri, Capivari e Contas.


O Estado possui clima tropical e semi-árido com temperaturas anuais médias de 22,5ºC e acima de 25ºC no semi-árido, com chuvas no período que vai de abril a junho.


Sua economia se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca, feijão, milho, cacau e coco); na indústria (química e petroquímica); e na mineração.


A Bahia é um lugar de muitos encantos. Vale a pena conhecer o Pelourinho, maior conjunto colonial da América Latina, Patrimônio Cultural da Humanidade. Exibe 354 construções dos séculos 17 ao 19, restauradas.


Na cidade, é quase que uma obrigação visitar a Igreja Senhor do Bonfim, a igreja baiana mais popular, concluída em 1772; o Mosteiro de São Bento, onde existe uma das maiores bibliotecas do Brasil, com 300 mil volumes; o Elevador Lacerda que, com suas quatro cabines, desde 1930 interliga a praça Tomé de Souza, na cidade alta, à praça Cairu, na cidade baixa; e o Mercado Modelo, com mais de 300 barracas, onde se compra artesanato e arte baiana.


As praias também são passeios obrigatórios: Praia do Flamengo, depois do farol de Itapuã, com coqueiros, recifes, dunas e ondas fortes para surfistas. Itapuã, no final da orla, famosa pelas canções de Vinícius de Morais e Dorival Caymi. Farol da Barra, no começo da Baía de Todos os Santos, onde o pôr-do-sol é fantástico e o mar é forte, bom para o surfe.


Vale a pena conhecer também a Baía de Todos os Santos, a maior do Brasil, com superfície de 1.100 km2 e 55 lindas ilhas para se ir de barco. Itaparica, a maior de todas, com 35 km2 é local de descanso de gente famosa onde, além de condomínios luxuosos, conserva também construções coloniais no povoado fundado por jesuítas, em 1560.

Fontes: Roteiro Turístico Fiat/Folha de São Paulo
Enciclopédia Mirador e Almanaque Abril 1995



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