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GLOSSÁRIO

Aspectos biopsicossociais do desenvolvimento humano


Apresentação

O glossário elaborado aborda termos referentes aos aspectos biológicos do desenvolvimento humano, através dos quais poderão ser compreendidas as raízes ou fontes geradores deste processo.

Focalizam, também, os aspectos psicológicos, em sua maioria, como eixo central capaz de subsidiar as discussões e questões polêmicas em torno da criança e do adolescente, e, ainda, as questões sócio-culturais, que representam o contexto no qual se inserem as situações e circunstâncias dos fatos e ocorrências.

Deste modo, os conceitos nele expostos pretendem auxiliar a elucidação do conhecimento sobre o comportamento humano, atitudes evidenciadas nas várias situações, e o desempenho demonstrado. Os conceitos relativos à base biológica do conhecimento contribuem para a justificativa de determinadas ocorrências e características singulares dos seres humanos. Através do glossário são evidenciados os conceitos sobre os processos de aprendizagem humana, segundo Jean Piaget, ressaltando-se o processo de assimilação e de acomodação. A teoria de desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget é abordada, em seus estágios. O estudo do processo de crescimento e desenvolvimento humano viabiliza-se, grandemente, pela presença dos conceitos referentes aos seus princípios e processos. Admitir a existência das tarefas evolutivas no desenvolvimento é muito importante.

São oferecidos, amplamente, conceitos da estrutura da personalidade humana - sua formação e desenvolvimento. O temperamento e o caráter são seus elementos.

Focalizados conceitos sobre a Teoria Psicanalítica, de Freud, poderá a mesma ser analisada extenuadamente, tratando-se, ainda, dos mecanismos de defesa.

Oferece-se, por último, alguns elementos conceituais sobre pesquisa psicológica.

Termos

Absolutismo moral: crença característica do primeiro estágio do julgamento moral: regras são completamente fixas e imutáveis.

Acomodação: processo proposto por Piaget, segundo o qual a pessoa modifica a estrutura existente - ações, idéias ou estratégias - para adequar-se a novas experiências.

Adaptação: o processo básico na existência biológica; de acordo com Piaget, também caracteriza o funcionamento intelectual e físico. A assimilação e a acomodação são partes do processo de adaptação.

Agressão: termo geral que se aplica aos sentimentos raiva ou hostilidade. A agressão funciona como um motivo, muitas vezes em resposta a ameaças, insultos ou frustrações.

Ajustamento: relacionamento entre o indivíduo e seu ambiente, especialmente o social, na satisfação de seus motivos.

Aprendizagem: mudanças relativamente permanentes no comportamento, que resulta de experiência ou prática passada.

Aprendizagem observacional: aprendizagem de habilidades motoras, atitudes e outros comportamentos através da observação de alguém que desempenha o comportamento

Angústia básica: termo empregado por Horney para indicar fonte principal de problemas de ajustamento no desenvolvimento da personalidade. Resulta de qualquer coisa que provoque insegurança na criança, especialmente nas suas relações com os pais.

Assimilação: processo de incorporação de uma nova experiência ou informação que se ajusta à estrutura existente. Um conceito básico na teoria de Piaget.

Atitude: uma organização duradoura de processos perceptuais, motivacionais, emocionais e de adaptação, que se centralizam em algum objeto do universo da pessoa. As atitudes podem ser positivas ou negativas, vale dizer, a pessoa pode estar disposta favorável ou desfavoravelmente com relação ao objeto. É uma tendência a responder a alguma pessoa objeto ou situação, de modo positivo ou negativo. Em geral ter um componente emocional e um componente de crença. Crença é a aceitação de uma declaração. A crença suporta o componente emocional da atitude, e vice-versa.

Autonomia funcional dos motivos: noção apresentada por Allport e segundo a qual atividades resultantes de um motivo original podem, mais tarde, tornar-se motivadoras em se mesmas, depois do desaparecimento do motivo original.

Auto-realização: noção incorporada em várias teorias da personalidade, de uma tendência humana básica cuja finalidade é transformar em real o que é potencial no eu, ou seja, é tornar reais, até o máximo possível, as potencialidades de cada um.

Autoconceito: o conceito geral do eu; inclui o "eu existencial", o "eu categorial" e a auto-estima.

Auto-estima: a qualidade positiva ou negativa do autoconceito

Busca de superioridade: concepção de Adler, segundo a qual a fonte básica da motivação humana é um impulso inato e ascendente para a autoperfeição. As direções apresentadas por essas buscas têm o caráter de compensações pelas fraquezas peculiares ou pelas inferioridades percebidas pela pessoa.

Caráter: aspecto da personalidade que, em terminologia mais antiga, dizia respeito à aparência moral e à conduta do indivíduo. Conjunto de qualidades (boas ou más), de um indivíduo, que lhe determinam a conduta e concepção moral.

Caracteres genéticos: caracteres transmitidos aos indivíduos através dos genes.

Caracteres congênitos: características existentes no indivíduo ao nascer. Refere-se aos fatores que influenciaram o desenvolvimento durante a vida intra-uterina, porém não lhe foram transmitidos através dos genes, não sendo, assim, hereditários no sentido biológico do termo.

Companheiros: outras pessoas que têm, aproximadamente, a mesma idade de uma pessoa, com quem se relacionam.

Compensação: mecanismo de defesa em que um indivíduo substitui uma atividade por outra, na tentativa de satisfazer motivos frustados. Esforço feito para superar uma fraqueza ou uma inferioridade. Pode apresentar a forma de uma busca de superioridade no próprio domínio da inferioridade, ou pode ser direta, isto é, apresentar a forma de buscar substitutivos. Habitualmente implica falha ou perda de auto-estima em uma atividade, e a compensação dessa falha provoca esforços em outros campos de atividades.

Conservação: o conceito que as crianças de 6 a 10 anos adquiriram de que os objetos permanecem os mesmos em aspectos fundamentais, como o peso ou o número, mesmo que haja modificações externas na forma ou disposição espacial.

Complexo de Édipo: na teoria freudiana, é o fato de o menino dirigir seus sentimentos eróticos para sua mãe, e a menina para seu pai. Supõe-se que seja a fonte das identificações primárias com os pais, a partir das quais se desenvolvem as identificações posteriores.

Comportamento: qualquer ação observável de uma pessoa ou animal.

Condicionamento clássico: aprendizagem que ocorre quando um estimulo condicionado forma um par com o incondicionado.

Condicionamento operante: aprendizagem para dar uma determinada resposta, a fim de garantir reforçamento positivo, ou fugir a evitar reforçamento negativo.

Conflito de motivação: conflito entre dois ou mais motivos, resultando na frustração de um deles.

Conflito de aproximação-aproximação: conflito em que uma pessoa se sente motivada para aproximar-se de duas metas diferentes e que são compatíveis.

Conflito de afastamento-afastamento: aprendizagem para evitar um estimulo nocivo, como, por exemplo, um choque, pela resposta apropriado a um sinal de aviso.

Conflito de aproximação-afastamento: conflito em que uma pessoa tanto é atraída como é repelida pela mesma meta.

Consciência: termo normalmente usado para descrever o conjunto de regras internalizadas que Freud considerava que apareciam junto com o processo de identificação.

Crescimento: processo orgânico responsável pelas mudanças em tamanho e complexidade. Plano geral das mudanças do organismo como um todo. Sofre, além da influência do processo maturacional, a ação maciça das influências ambientais.

Desajustamento: diz respeito não apenas aos distúrbios psiconeurísticos e psicóticos, como também os mais brandos, nos quais uma pessoa se sente ansiosa ou se comporta de modo esquisito.

Desempenho: comportamento observado, diferentemente dos estados internos hipotéticos de um organismo.

Desenvolvimento: processo referente a mudanças resultantes de influencias ambientais ou de aprendizagem.

Direção céfalo-caudal: refere-se ao progressivo crescimento das partes do corpo, a partir da cabeça e dirigindo-se para as pernas, que é característico do ser humano durante o seu desenvolvimento.

Direção próximo-distal: refere-se ao progressivo crescimento das partes do corpo, a partir da parte central para as partes periféricas ou terminais, que é uma direção característica do ser humano em desenvolvimento. Assim, os ombros se desenvolvem antes, depois os braços, mãos e dedos.

Ego: na teoria freudiana, um dos três sistemas básicos que constituem a personalidade. É o sistema dos processos cognitivos-perceber, pensar, planejar, decidir-que torna possível a canalização realista e a satisfação dos instintos do Id.

Esquema: palavra que Piaget usou para as ações, idéias e estratégias às quais as novas experiências são assimiladas e que se modificam (acomodam-se) em função das novas experiências.

Estágios evolutivos: etapas da vida que reúnem padrões de características interrelacionadas, que determinam o comportamento de cada período do desenvolvimento humano.

Estágios psicossexuais: os estágios do desenvolvimento da personalidade sugeridos por Freud e que incluem o oral, anal, fálico, latência e genital. A seqüência é amplamente influenciada pela maturação.

Estágios psicossociais: os estágios do desenvolvimento da personalidade sugeridos por Erikson, que incluem a confiança, autonomia, iniciativa, produtividade, identidade, intimidade, generatividade e integridade do ego. São influenciados pelas expectativas sociais e pela maturação.

Estágio pré-operacional: o termo usado por Piaget para o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo, dos 2 aos 6 anos, durante a qual a criança desenvolve habilidades lógicas e a classificação básica.

Estágio sensório-motor: o termo usado por Piaget para o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo, do nascimento até aproximadamente os 18 meses, quando a criança evolui das ações reflexas às voluntárias.

Estereótipo: um conjunto fixo de idéias ou expectativas sobre um grupo de pessoas como homens, negros ou outros grupos, que são aplicadas a cada novo membro do grupo sem suficiente ajustamento à individualidade. Como conceito sociológico e estatístico refere-se a uma crença ou uma atitude que são muito divulgadas numa sociedade. (Por exemplo a crença de que as louras são menos inteligentes do que as morenas.) Como conceito psicológico, refere-se a uma crença e atitude que são supersimplificadas quanto ao conteúdo e, nas quais os atributos específicos do objeto não são observados e, além disso, são resistentes à mudanças.

Estilo parental autoritário: padrão de comportamento parental descrito por Baumrind, entre outros; inclui altos níveis de diretividade e baixo nível de afetividade.

Estilo parental competente: padrão descrito por Baumrind; inclui alto nível de controle e alto nível de afeto.

Estilo parental permissivo: um terceiro tipo descrito por Baumrind, entre outros, inclui muito afeto e baixo nível de controle.

Estrutura da personalidade: a maneira peculiar pela qual se organizam, dinamicamente, os traços, as habilidades, os motivos, os valores da pessoa, a fim de formar a sua personalidade singular. É a organização de traços, motivos e modos de comportamento que caracterizam uma determinada pessoa.

Estrutura social: termo geral que se refere ao fato de que tipicamente cada sociedade atribui categorias a seus membros, espera que eles executam certas espécies de trabalhos, e que tenham determinadas atitudes e crenças.

Etologia: estudo do comportamento, especialmente o instintivo, dos animais. Tratado dos costumes, usos e caracteres gerais.

Eu categorial: o conteúdo principal do autoconceito, descrição do eu em termos de categorias como tamanho, cor, idade e crenças.

Eu existencial: a parte mais básica do autoconceito, o sentido de ser separado e distinto dos outros.

Experiência: termo que se refere à história passada do indivíduo.

Extrovertido: na tipologia de Jung, o tipo de pessoa que tem orientação dirigida para fora, para o mundo objetivo das coisas e dos acontecimentos; está interessado fundamentalmente nas atividades sociais e nas atividades práticas; é racionalista e realista. Contrasta com o invertido.

Fase oral: na teoria freudiana, a primeira fase do desenvolvimento psicossexual, que ocorre durante o primeiro ano de vida, quando a criança centraliza seu interesse nas zonas erógenas da boca. Supõe-se que as fixações na fase oral levem ao desenvolvimento do caráter oral.

Fase anal: na teoria freudiana, a segunda fase do desenvolvimento psicossexual, e que ocorre durante o segundo e o terceiro anos de vida, quando os interesses da criança pelo seu corpo se centralizam na atividade anal, especialmente com relação ao controle obrigatório das fezes. Supõe-se que a fixação na fase anal leve ao desenvolvimento do caráter anal ou compulsivo.

Fase fálica: na teoria freudiana, a terceira fase do desenvolvimento psicossexual, durante o qual o interesse da criança, pelo seu corpo se volta para os órgãos sexuais e para os prazeres ligados ao seu manuseio; é durante esse período que ocorre o chamado complexo de Édipo.

Fase genital: na teoria freudiana, a fase final do desenvolvimento psicossexual, e que ocorre na puberdade quando o adolescente sente uma mudança de interesse; já não é o objeto primário, mais se voltam para outras pessoas e coisas, como objetos importantes; é o período durante o qual surgem as ligações heterossexuais.

Figura paternal: caso de transferência em que uma pessoas é considerada como se fosse o pai.

Frustração: distorção do comportamento motivado em direção a uma meta.

Gêmeos idênticos: dois indivíduos completos, que se desenvolveram de um óvulo fertilizado (zigoto) segmentado. Devem ser contrastados com os "gêmeos fraternos". Os gêmeos idênticos são geneticamente iguais, são de grande interesse para o psicólogo ocupado com o problema dos fatos hereditários no comportamento.

Gêmeos fraternos: Dois indivíduos que se desenvolveram de dois diferentes óvulos fertilizados (zigotos). Devem ser contrastados com "gêmeos idênticos". Os gêmeos fraternos podem ser meninos ou meninas, ou de sexos diferentes. Os gêmeos fraternos não são mais semelhantes, geneticamente, do que quaisquer outros irmãos ou irmãs.

Gene: é o elemento essencial na transmissão de características hereditárias transportado nos cromossomos. A unidade de natureza bioquímica, da hereditariedade, e que se localiza nos cromossomos. Supõe-se que o gene, ao reagir ao ambiente e aos outros genes, seja um fator na determinação dos traços hereditários e das estruturas do indivíduo em desenvolvimento.

Gênero (conceito de): o conceito amplo sobre o próprio gênero e dos outros, desenvolve-se durante os primeiros 5 ou 6 anos de vida.

Gênero (constância): o passo final no desenvolvimento do conceito de gênero, quando a criança compreende que o gênero não muda, mesmo que haja mudanças externas, como roupas e comprimento dos cabelos.

Gênero (estabilidade): o segundo passo no desenvolvimento do conceito de gênero, no qual a criança entende que o gênero da pessoa continua a ser estável durante toda a vida.

Glândulas endócrinas: glândulas, incluindo as supra-renais, tireóide, pituitária, testículos e ovários, que secretam os hormônios que governam o crescimento físico geral e a maturidade sexual.

Grupo formal: grupo social com a estrutura relativamente permanente de posições, cargos e papéis.

Grupo social: qualquer grupo de pessoa , formal ou informal, reunido ou disperso; as pessoas se relacionam entre si por algum interesse ou vinculação comum.

Grupo primário: pequeno grupo com o qual uma pessoa tem contatos freqüentes e informais, com a família, amigos e associados.

Habilidade, capacidade: potencial para a aquisição de uma perícia, ou de uma já adquirida.

Id: na teoria freudiana, um dos três sistemas básicos que constituem a personalidade. É a fonte das energias instrutivas básicas e inconscientes, subjacentes a todo o comportamento da pessoa.

Identificação: o processo de incorporação das qualidades e idéias de outra pessoa. Freud considerava que era o resultado da crise edipiana dos 3-5 anos. A criança tenta tornar-se o pai do mesmo sexo.

Imitação: o termo usado for Bandura para descrever o processo de aprendizagem através da observação.

Incentivo: termo aproximadamente sinônimo de meta, mas implicando a manipulação de uma meta para motivar o indivíduo.

Instinto: os comportamentos instintivos são inatos, predeterminados e evocados pela presença de estímulos específicos. Eles tem papel fundamental na teoria etológica.

Inteligência: termo que cobre as habilidades de uma pessoa em uma vasta faixa de tarefas que envolvem vocabulário, números, solução de problemas, conceitos, e assim por diante. Medida pelo teste padronizado de inteligência, geralmente envolve diversas habilidades específicas, com especial ênfase nas verbais.

Introvertido: na tipologia de Jung, o tipo de pessoa que tem orientação subjetiva; tem um interesse fundamental em idéias, imaginação e vida interior; empiricista e idealista. Contrasta com o extrovertido.

Libido: Na teoria freudiana, a energia psíquica básica. Embora seja definida, popularmente, como de natureza sexual, tem maior amplitude, referindo-se a todos os impulsos de busca do prazer.

Linguagem: conjunto de símbolos usados na comunicação e no pensar.

Maturação: desdobramento, progressivo ou sucessivo, de diferentes funções físicas e mentais, assim como de capacidades, à medida que se desenvolvem as estruturas físicas subjacentes, através do processo normal de crescimento. É governado por hereditariedade e pelas condições ambientais.

Mecanismo de defesa: reação à frustração que defende a pessoa contra a ansiedade, e serve para distinguir motivos, de modo que o indivíduo engana-se a si próprio sobre seus verdadeiros motivos e metas. Formas de reação à angústia despertadas por conflitos, e que permitem a proteção e o realce da auto-imagem. Os mecanismos de defesa aumentam a auto-estima. Os "mecanismos" não são escolhidos deliberadamente pela pessoa. São comuns a todos, e despertam sérios problemas de ajustamento apenas quando ocorre em quantidade excessiva, e assim impedem que a pessoa enfrente realisticamente as suas dificuldades. Na teoria freudiana são as estratégias que o ego utiliza para lidar com a ansiedade, incluindo negação, repressão, identificação e proteção.

Meio ambiente: conjunto de fatores exteriores, que atuam sobre o comportamento do indivíduo, possibilitando ao mesmo expandir o seu potencial hereditário nas diversas gradações, ou inibir a manifestação do mesmo, em diversos graus.

Mielina: a camada que envolve todos os nervos do corpo e que não esta totalmente desenvolvida no nascimento.

Mielinização: o processo pelo qual a mielina é desenvolvida.

Moralidade heterônoma: o primeiro estágio de raciocínio moral que Piaget propôs; é caracterizado pelo absolutismo moral e pela crença na justiça imanente. Os julgamentos baseiam-se nas conseqüências e não nas intenções.

Moralidade autônoma: o segundo estágio de raciocínio moral proposto por Piaget; desenvolve-se a partir dos 7 anos, e caracteriza-se pelo julgamento das intenções e ênfase na reciprocidade.

Moralidade pré-convencional : o primeiro nível de moralidade proposto por Kohlberg, no qual os julgamentos morais são dominados pelas considerações do que será punido ou do que parece bom.

Moralidade pós-convencional: o terceiro nível de moralidade proposto por Kohlberg, no qual as considerações de justiça, direitos individuais e contrato dominam o julgamento moral.

Motivo: necessidade e direção do comportamento por meta. Tendência impulsiva.

Motivos sociais: motivos geralmente aprendidos que exigem a presença ou reação de outras pessoas para a sua satisfação. Na motivação humana usam-se necessidade e motivo como sinônimos.

Necessidade: qualquer falta dentro do indivíduo, seja ela adquirida ou fisiológica; muitas vezes usada como sinônimo de impulso ou motivo.

Norma do grupo: expectativa ou padrão de comportamento amplamente compartilhada entre a maioria dos membros de um grupo, classe ou cultura.

Operação: o termo usado por Piaget para os esquemas complexos, internos, abstratos e reversíveis, observados a partir dos 6 anos.

Operações concretas: o estágio de desenvolvimento proposto por Piaget que vai dos 6 aos 12 anos, e no qual desenvolvem-se operações mentais, como a subtração, reversibilidade, classificação multiplicativa, etc.

Operações formais: o nome dado por Piaget ao quarto e último estágio do desenvolvimento cognitivo, que ocorre durante a adolescência quando o jovem torna-se capaz de manipular e organizar idéias tão bem quanto objetos.

Organização: um dos processos básicos do funcionamento humano, junto com a adaptação.

Papel: padrão de comportamento que se espera de uma pessoa de determinado status.

Patrimônio hereditário: conjunto de caracteres transmitidos ao indivíduo através dos genes, de uma geração a outra.

Pensamento: processo representativo de experiência prévia; consiste em imagens, diminutos movimentos musculares, linguagem e outras atividades no sistema nervoso central.

Período crítico: período de tempo em que um organismo está pronto ao máximo para a aquisição de certas respostas.

Personalidade: organização permanente das predisposições do indivíduo, de seus traços característicos, motivações, valores e modos de ajustamento ao ambiente. Características e maneiras distintivas pelas quais um indivíduo se comporta. A maneira é característica, porque representa o comportamento habitual ou típico. É distintiva porque o diferencia de outras pessoas.

Perturbações psicossomáticas: perturbações físicas provocadas por fatores psicológicos; por exemplo, úlceras do estômago provocadas por angústia crônica.

Preconceito: literalmente, prejulgamento; de modo mas geral, atitude com tom emocional pró ou contra um objeto, pessoa ou grupo. Tipicamente, é a atitude hostil que coloca em desvantagem uma pessoa ou um grupo. Atitudes que tendem a colocar objetos numa situação privilegiada ou desfavorecida, sem considerar os dados existentes.

Preconceito social: atitude hostil para com algum grupo social.

Prontidão: estágios na maturação quando um comportamento pode surgir sem treinamento; antes desse estágio não há possibilidade de comportamento, não importa o quão sofisticado e interno seja o treinamento.

Predisposição: no estudo de ajustamento pessoal, é a tendência herdada e que dá a base biológica para o desenvolvimento de certas características do temperamento e da personalidade.

Pré-natal: antes do nascimento.

Processo simbólico: processo representativo de experiência prévia; essencial na ação de pensar.

Processos inconscientes: processos ou eventos psicológicos dos quais uma pessoa não se apercebe.

Projeção: disfarce de uma fonte de conflitos, por meios da atribuição de motivos próprios a outra pessoa.

Psicologia do Desenvolvimento: ramo da psicologia que estuda as mudanças de comportamento que ocorrem com a idade.

Puberdade: refere-se ao conjunto de mudanças físicas e hormonais que levam à maturidade sexual. Refere-se ao início da capacidade de reprodução. O termo pubescência refere-se à obtenção da maturidade sexual. Comprende o período de vida entre 11,12 e 13,14 anos.

Realismo moral: entra descrição da moralidade heterônoma.

Regras internalizadas: um conjunto de padrões sobre o que é certo e errado que cada um de nós carrega consigo.

Resposta: geralmente, qualquer comportamento de um organismo .

Resposta condicionada: resposta produzida por um estímulo condicionado após a aprendizagem.

Resposta incondicionada: resposta eliciada por um estímulo incondicionado.

Rivalidade entre irmão: sentimentos de ciúme e competição entre irmãos. Muitas vezes surge numa criança, quando nasce um nené na família; leva a criança a comportamento agressivo e, às vezes, regressivo.

Síndrome autoritária: uma constelação de traços, freqüentemente encontrados juntos em alguns indivíduos. Inclui excessivo conformismo, comportamento e valores autoritários, supercontrole de impulsos e sentimentos, rigidez nos processos de pensamento, preconceito com relação a grupos minoritários. Supõe-se que derive formas excessivamente severas de tratamento disciplinar pelos pais contra os quais se desenvolve a hostilidade reprimida.

Síndrome compulsiva: uma constelação de traços freqüentemente encontrados associados em indivíduos. Inclui metodização, observação, avareza, pontualidade, excessiva limpeza. Supõe-se que resulte de fixações que ocorre na fase anal do desenvolvimento psicossexual; por isso, é, às vezes, denominado caráter anal.

Socialização: refere-se ao processo pelo qual fatores socialmente determinados se tornam capazes de influir no controle do comportamento da pessoa. Aprendizagem para que a pessoa se comporte da maneira prescrita por sua família e cultura, e para ajustar-se nos relacionamentos com outras pessoas.

Superego: na teoria freudiana, um dos sistemas básicos que constituem a personalidade. É um sistema de forças de restrição e inibição derivadas de normas e regulamentações sociais, e que são usadas na repressão e canalização de impulsos básicos-especialmente agressivos e sexuais-vistos como perigosos ou prejudiciais pela sociedade. É a consciência moral ou o sentimento moral.

Tarefa evolutiva: tipo de aprendizagem, ou ajustamento, que deve ocorrer em determinada fase do indivíduo, ou da vida humana. Quando a aprendizagem ocorre, os ajustamentos nas fases subsequentes realiza de modo mais satisfatório. Quando a aprendizagem não ocorre, esse ajustamento se torna mais difícil, e pode deixar de ocorrer.

Temperamento: aspectos da personalidade referentes às reações emocionais típicas, aos estados de humor, às características de atividades da pessoa. Conjunto de traços psicofisiológicos de uma pessoa e que lhe determinam as reações emocionais.

Tipos de personalidades: categorias qualitativamente diferentes em que se supõe que possam ser divididas as personalidades. Existem teorias de tipos simples, que supõem um número muito limitado de categorias, e teorias complexas de tipos, que supõem a classificação de pessoas num grande número de dimensões.

Traço: uma característica permanente do indivíduo, e que se manifesta de forma consistente no comportamento realizado em grande variedade de situações . Os traços tem muitas modalidades; alguns são superficiais e outros são profundos.

Turma: grandes grupos de crianças ou adolescentes, geralmente compostos de diversas "panelas", mas mantidas juntas em função de interesses ou background comum.

Variável: uma das condições medidas ou controladas em um experimento.

Variável dependente: variável que se modifica em resultado de mudanças na variável independente.

Variável independente: variável que pode ser escolhida ou modificada pelo experimentador, e que é responsável por alterações na variável dependente.

Elaboração:
Márcia Pinheiro de Oliveira Sena
Pedagoga


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