Campanha Salarial/97
Paradas recomeçam. Depois é greve.

A assembléia decidiu, quinta-feira última (7), no CAB: vamos manter a pressão para forçar a Embasa a negociar o acordo coletivo desse ano e resolver a questão da assistência médica, que virou um transtorno a mais para os trabalhadores.

Para isso, as paradas setoriais serão retomadas na capital e interior visando a construção de  nova greve na segunda quinzena de setembro.

A assembléia levou em conta que a empresa não apresentou solução satisfatória para o caso Golden Cross e não voltou a sentar à mesa de negociação com o Sindicato.

A última vez foi na Delegacia Regional do Trabalho, onde frisou que a ridícula proposta que apresentara era para um acordo global e que, sendo para esse ano, seria ainda pior.

A direção da Embasa, com o silêncio feito de lá para cá, tem demonstrado que não deseja realmente fazer nenhum acordo coletivo (só o global, com a retirada de todas as ações da Justiça). Por isso, novo dissídio  pode estar à caminho.

Independente disso, o passo mais importante para os trabalhadores é a entrada com ações plúrimas, que independem do julgamento de dissídios e tem se mostrado eficientes, pelo menos até agora.

Essas ações, como se sabe, se baseiam em direitos e conquistas previstos no acordo de 92 (o último assinado pela empresa). Muitas procurações têm sido distribuídas e os interessados devem ficar atentos: no próximo termina o prazo para dar entrada nessas ações.

Quanto à Golden Cross,  somente uma unidade de saúde tem atendido os conveniados: o Hospital São Rafael. A Embasa quer que os empregados sigam o que ela negociou com a Golden, de pagar consultas e tratamentos em qualquer clínica ou hospital (só pela tabela da Associação Médica Brasileira) para depois ser reembolsado.

Isso está longe de resolver o problema: nem todo médico atende pela tabela da Associação e, pior, nenhum empregado está com dinheiro para antecipar pagamento. Todos, porém, têm desconto antecipado no salário, em favor da Golden, para ter direito ao plano de saúde. Por isso, exigem respeito.