Indiferença e desespero

A Embasa preparou um ataque ao Sindicato mas quase ninguém notou. Fez um
"Informativo da Diretoria" com data de 11/8 e só o distribuiu dois dias depois, para poucas pessoas. O objetivo era influenciar os trabalhadores antes da assembléia do dia 7, levando-os a optar pelo acordo. Porém, foi feito e refeito devido à procura de mais mentiras. Acabou saindo com grande atraso. Os empregados estão indiferentes, os diretores desesperados: comenta-se que recentemente escaparam de ser demitidos pelo governo, que não vê nenhum resultado positivo nessa gestão. Aliás, para surpresa geral, a empresa tem registrado queda de arrecadação, apesar do alto investimento do estado.
 

Dissídios: a cobra e o pau.

A Embasa diz em seu Informativo que não há mais recurso para o Dissídio/93. Ou seja, que está definitivamente extinto. Cita até detalhes, como o de que o Supremo Tribunal Federal, "mediante julgamento unânime da 1a. Turma, no dia 25.3.97, negou provimento" ao recurso do Sindicato contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, de extinguir o processo. É incrível como alguns diretores da Embasa tem a mentira por vício. Para não ficarmos no jogo de palavras, abaixo está o fac-símile do recurso do Sindicato perante o Supremo Tribunal Federal. Data: 12.6.97.
Ou seja, na data em que a Embasa diz que o Supremo julgou, sequer o recurso havia chegado lá. É a Embasa de sempre, mentindo e atropelando a Justiça.
 
 

Os números de Terta.

No CAB, nas barbas da diretoria, foi grande a adesão à última greve, fruto de muita insatisfação dos empregados. Houve locais em que a paralisação alcançou mais de 95% de participação. Mas a diretoria da Embasa fez as contas, com uma matemática particular, e concluiu: somente 37,22% aderiram, contestando o Sindicato, que informou ter havido adesão superior a 90%. É ridículo dizer para um grevista que ele não fez greve. Quem fez, então? No dia, 50 homens da Polícia de Choque ficaram zanzando de um lado para outro, no Parque de Bolandeira, procurando o que fazer. A zanga é porque até os gerentes aderiram a paralisação. Tem dúvida?
 
 

Quem luta e quem bajula.

O Informativo da Embasa destaca notas da imprensa onde o presidente da Assembléia Legislativa, Antônio Honorato, e o deputado Ricardo Gaban, acusam o companheiro e deputado Paulo Jackson de utilizar dinheiro do Sindae ao aparecer em convocação do Sindicato na tevê. Inveja ou falta do que dizer. Logo os dois.
Paulo aparece na tevê discursando numa assembléia na Embasa. É seu papel, até porque é diretor do Sindicato.

Já Honorato é fiel escudeiro do governo. Gaban tem vínculo mais forte: é casado com a sobrinha de ACM. São o que são porque ficam na sombra do chefe, só dizendo o que ele manda. Nada mais.

Não podem dizer que se destacaram em algo na Assembléia Legislativa. Paulo pode: foi eleito destaque parlamentar em 93, melhor líder em 94 e 95 e melhor deputado em 96. Escolha espontânea dos jornalistas baianos.

A isso se acrescenta: é dos mais assíduos, dos que mais discursam, que mais fazem apartes, projetos, emendas e o que mais combate o governo. E não se corrompe.
Independente disso, Paulo Jackson tem relevantes serviços prestados aos trabalhadores de saneamento e ao movimento popular. É, por isso, uma  liderança  respeitada na Bahia e no Brasil.

De Honorato, Gaban e diretoria da Embasa não se pode dizer o mesmo.
Em tempo: a diretoria do Sindicato nunca esperava registrar o trabalho do companheiro dessa forma, até porque é contra. A Embasa nos obrigou a isso e sabe que tudo é verdade.