Embasa
Má administração aumenta
as queixas dos consumidores

As páginas dos jornais e os programas de rádio e televisão têm sido fartos em apontar o crescimento da insatisfação da população com os serviços da Embasa. As queixas se multiplicam dia após dia.

A "chuva" de reclamações tem gerado descontentamento no próprio governo, mas é apenas um dos aspectos da péssima administração da empresa. Nem mesmo a recente reeleição da diretoria, pelo Conselho de Administração, para mais um período de dois anos, consegue abafar o problema.

As queixas vão da tradicional falta d'água nos bairros aos valores absurdos das contas, passando pela política de cortes e religação, sem nenhum controle, gerando injustiça.
Na semana passada um consumidor exigiu a presença do presidente Zé Lúcio numa emissora de tevê para dar explicações.

O último Jornal da Embasa também atesta  os problemas. Se numa página fala em pesquisa que indica a satisfação de 89% da população de Salvador (85% no interior) com os serviços da Embasa, na outra tem reportagem indicando que o posto de Itapuã atende, em média, 200 consumidores por dia. Maioria dos casos: reclamações.
O melhor exemplo, no entanto, está no seguinte: tentando aumentar sua receita ao facilitar o pagamento das contas, a empresa abriu os postos aos sábados, domingos e feriados, além de gastar muito dinheiro com propaganda.

Não tardou a fechá-los. É que pagava horas extras aos funcionários e a população não pagava as contas de água. O que os postos mais recebiam eram queixas.
A má qualidade dos serviços é fruto do número exagerado de empreiteiras. Estragam a imagem da empresa e dos empregados e ganham fortunas, fazendo e refazendo o mesmo serviço várias vezes. Isso, porém, não preocupa a diretoria.