Visita do Papa a Cuba já dá resultados importantes


Os resultados concretos da visita do papa João Paulo II a Cuba vieram mais cedo do que se pudesse esperar. O maior apelo do papa, em favor da liberdade de mais de 500 presos políticos, já foi atendido, pelo menos em partes. Cerca de 300 presos foram postos em liberdade. Logo o Vaticano foi informado da medida. Em resposta, o porta-voz da Santa Sé, Joaquim Navarro Vals, divulgou comunicado dizendo que "o Vaticano se compraz pela restituição da liberdade de presos anunciada pelas autoridades de Cuba, considerando-a uma relevante providência e uma perspectiva concreta de esperança para o futuro daquela nobre nação".

Por trás da linguagem diplomática, o que os comunicados oficiais de um lado e do outro tentam dizer é que a visita do papa a Cuba precisa ser transformada em marco histórico, para realizar o que, num trocadilho de palavras, o Papa disse logo ao chegar: que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba.

Fidel Castro, visivelmente satisfeito com a visita de João Paulo II, assume assim a postura de quem se dispõe a abrir o fechado regime implantado na ilha e o Vaticano tenta, por sua vez, criar nos ambientes políticos internacionais um clima mais favorável ao povo cubano e à solução dos problemas que o afligem no momento.

Resta saber se o mundo estará disposto a entender os sinais e ouvir os apelos.




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