Antonio Héliton de Santana
A ORIGEM DO SER HUMANO
Uma coisa é o fato
outra o que dele se conta
Ele fica diferente
se alguma se apronta
Para esconder a verdade
quem escuta fica tonta
A história que é contada
Pela voz do opressor
Ela é meia verdade
Assim sempre se contou
O povo ouviu calado
Mas o silencio quebrou
A história necessita
Pelo povo ser contada
Com pensamento de povo
Releitura é chamada
Contar de novo a História
E seguir na caminhada
Quem conhece o passado
Se situa no presente
Vê a luz mesmo distante
Sempre caminha pra frente
História é retrovisor
Que guia a vida da gente
De acordo com a ciência
O ser humano surgiu
Um ser assim como nós
Ha quinhentos mil anos, viu
La na África distante
E de lá ele partiu
Se espalhou pelo mundo
Porem a mãe natureza
Foi lhe mudando as feições
Eu lhe digo com certeza
O sol tem muito poder
Como também a frieza
As mais frias regiões
Ao ser branco favoreceu
A sua sobrevivência
E nas quentes aconteceu
Que o ser de pele escura
Lá melhor sobreviveu
O ser negro tem na pele
Uma tal de melanina
Protetor da luz do sol
A natureza ensina
A pele branca por vez
Aproveita a vitamina
Nas mais frias regiões
Para reter o calor
A pessoa tem pelo
No seu corpo, sim senhor
E nas quentes regiões
Não ha pelos seu doutor
Nas mais frias regiões
O nariz é afilado
E também cheio de pelos
Pro ar entrar esquentado
Nas mais quentes regiões
O nariz é achatado
Como você percebeu
Escrito com ligeireza
Assim surgiram as raças
Graças à mãe natureza
Fruto da mesma origem
Veja mesmo que beleza
Farinha do mesmo saco
O índio, negro e branco
Surgimos do mesmo ser
Somos galhos de um só tronco
Há diferença nas cores
Nós somos iguais. Sou franco
Nenhuma raça é melhor
Nem mesmo superior
Quem pensa que assim é
É racista. Que horror.
Não passa de ignorante
Mesmo que seja doutor
Cada raça é bonita
Do seu jeito como é
Não dá para comparar
É bom saber que até
O que seria do mundo
De uma côr, seu Mané
Imagine tudo azul
O céu as matas, o mar
Pessoas roupas e casas
Fique mesmo a pensar
Eta mundinho sem graça
Ninguém iria guentar
Viva toda diferença
De forma e também de côr
Viva o índio, viva o negro
Viva o branco, o leitor
Bonitos e construtores
De um mundo de amor
©Antonio Héliton de Santana
Outros cordéis
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Antonio Héliton de Santana
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