ILHÉUS,
UM CAPRICHO DA NATUREZA!
Estamos há 26 de junho de 1534. O Brasil vive a época das Capitanias Hereditárias. Nessa data D. João III doa uma vasta extensão de terra que recebe o nome de Capitania de São Jorge dos Ilhéus.
Da pretensão dos colonizadores brancos, da bravura doce, como os favos de mel com que se alimentavam, dos sentimentos límpidos como as águas que se banhavam e ricos como os manjares que faziam a natureza parir, temos os índios. Da resistência pelo que acreditavam e queriam, da luta até a morte pela liberdade, e do "retempero" pelo viver, cantado e dançado, regados a acarajé, vatapá, caruru e abará, temos o negro.
Emoldurando toda essa mistura de crendices, costumes, cores, paladares, prazeres e sabores, temos os mistérios do mar, que às vezes parece azul e muitas vezes enverdeia-se parecendo mais um camaleão. Completando a moldura, aparece a mata atlântica, disputando com o mar o esconder mistérios dentro de si, como que querendo guardar do maior predador, animais que papam mel e se espreguiçam.
É dentro desse cenário que mais tarde Adonias Filho e Jorge Amado vão encontrar os personagens que exploram, prostituem-se, apaixonam-se; que brigam para ficar com a terra, pra ficar na terra e pra fugir da terra, são coronéis e peões, madamas e aias, Gabrielas e Nacibes.
O ritual de plantação, colheita, fermentação e secagem do cacau fez "dançar" o peão e cantar o coronel; hoje ninguém canta nem dança além da vassoura de bruxa.
Hoje, quatro séculos depois, alguns aspectos da história mudaram, os índios já não são tantos e os seus direitos, menos ainda, os negros já não escondem tanto as suas raízes, mas continuam buscando liberdade. Muitas Gabrielas estão fazendo história de fazer rir e chorar qualquer Jorge e Adonias. O encanto da moldura, ainda encanta muita gente. Há muita história daqui pra contar e fazer.
Na garupa do cavalo do Guerreiro São Jorge, São Jorge dos Ilhéus, vamos desbravar as aventuras dessa terra, palco para o 10° acontecer.
Pe. José Sebastião Souza Júnior
A cidade de Ilhéus
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