AMAPÁ
Uma história
de disputas territoriais!
O nome desse Estado foi originalmente do lago homônimo, cuja designação aparece documentada no século XVIII. Sua origem, embora controversa, parece vir do tupi ama'pa, nome de uma árvore das Apocynaceae, embora se lhe atribua também uma origem caraíba.
Com o nome de capitania da Costa do Cabo Norte, a região, doada a Bento Manuel Parente em 1637, foi invadida por holandeses, ingleses e franceses que povoavam as Guianas, pouco depois expulsos pelos portugueses. No século XVIII a França reivindicou a posse da área.
Em 1713, o Tratado de Utrech tentou selar a paz, definindo o Oiapoque como fronteira entre os territórios da França e de Portugal, isto é, o Brasil e a Guiana Francesa, mas este não foi respeitado pelos franceses. Então, para proteger a região, os portugueses constroem a fortaleza de São José do Macapá.
No século XIX, a descoberta do ouro e a valorização da borracha no mercado internacional aumentaram as disputas territoriais e pelas riquezas, com a França reivindicando a posse das jazidas de ouro.
Em 1841, Brasil e França concordaram com a neutralização do Amapá, até encontrarem solução da pendência. Mas todas as conversações posteriores fracassaram. Somente em 1900, a Comissão de Arbitragem de Genebra deu ganho de causa ao Brasil, criando o território de Araguari, incorporado ao Pará e depois desmembrado.
Em 1943 a região tornou-se território federal, batizado como Amapá. Dois anos depois, a descoberta de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio revoluciona a economia local. A extração do minério se intensifica em 1957 e estimula o aumento da população. O Amapá é elevado à categoria de Estado pela Constituição promulgada em 5/10/88.
O Estado do Amapá possui um clima quente superúmido, com temperaturas médias mensais entre 25 e 26oC. Os totais anuais se chuva ultrapassam a 2.500mm na maior parte do Estado.
Com 308.713 habitantes e superfície de 143.453,7 km2, o Estado é um dos que têm povoamento mais rarefeito. Quase toda a população se encontra na fachada oriental (planície litorânea e baixo platô arenítico). Suas cidades mais populosas são Macapá (a capital, que desempenha a função de centro comercial e de serviços para todo o Amapá e parte da ilha de Marajó) e Santana.
O Amapá tem como rios principais o Amazonas, Jari, Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá. Suas fronteiras internacionais são com a Guiana Francesa (N) e o Suriname (NO).
A principal atividade econômica do Estado é a extração do manganês, nas jazidas da serra do Navio. Na mesma área da serra do Navio exploram-se também, pequenas jazidas de cassiterita, columbita e tantalita. No município de Mazagão exploram-se a borracha e a castanha-do-pará.
As principais atrações do Amapá são a pororoca e as festas folclóricas. Vale a pena fazer um passeio até Curiaú, uma vila fundada por africanos onde ainda hoje moram somente negros, com cultura quase intacta. Preserva um pedaço da floresta, com suas aves e plantas exóticas. À tarde, o pôr-do-sol tinge as águas de vermelho. Em Macapá pode-se ir também ao Marco Zero onde, subindo no monumento à linha do Equador e colocando um pé de cada lado, pode-se ficar nos dois hemisférios ao mesmo tempo.
Fontes: Roteiro Turístico Fiat/Folha de São Paulo
Enciclopédia Mirador e Almanaque Abril 1995
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Colaboração da:
Biblioteca Comboniana Afro-brasileira E-mail: comboni@ongba.org.br |