Elas querem saber por que o mundo as trata de uma forma assim tão cruel.
[1] Uma das vítimas do massacre ocorrido em outubro de 1996 na penitenciária venezuelana de La Planta era um menor e, portanto, de acordo com a legislação do país, jamais poderia estar encarcerado em uma prisão para adultos. Algumas semanas antes do massacre, havia sido determinada a libertação do menor, mas as autoridades deixaram de cumprir a ordem judicial. |
[2] Três meses antes, uma delegação da Anistia Internacional que visitou outra prisão venezuelana encontrou dezenas de crianças, algumas com apenas 12 anos de idade, detidas há dois meses em condições cruéis, desumanas e degradantes, privadas de água, serviços sanitários e alimentação adequada e sem acesso a médicos e advogados. Diariamente, os guardas submetiam todos os menores a espancamentos brutais. Arnold Blanco, de 15 anos, e Carlos David Fuentes, de 16, estavam com as costelas fraturadas. |
[3] Sherab Ngawang, uma noviça tibetana de 12 anos de idade, foi condenada pelas autoridades chinesas a três anos de "reeducação pelo trabalho" em virtude de suas manifestações em favor da independência do Tibete. Após a sua libertação, segundo as denúncias, a menina teve que ser hospitalizada com problemas nos rins e nos pulmões, resultado dos graves maus-tratos que lhe foram infligidos durante a detenção. No dia 15 de maio de 1995, Sherab morreu. |
[4] Na Austrália, um adolescente aborígene tem uma probabilidade dezoito vezes maior de ser preso ou internado em um reformatório do que os demais adolescentes do país. Essa situação pode matá-los. Cem aborígenes australianos de todas as idades morreram sob custódia entre junho de 1989 e julho de 1996. - A.I. |
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