A teologia africana reflete sobre Jesus a partir das condições sócio-culturais do continente. Diferentes imagens de um mesmo Jesus, encantadoramente africano.
John R. Levison e Priscilla Pope-Levison
JESUS, O IRMÃO MAIS VELHO |
JESUS, O ANTEPASSADO |
JESUS, O GRANDE CHEFE |
JESUS, AQUELE QUE CURA |
JESUS, O LIBERTADOR |
____________
Trechos de matéria publicada pelo boletim "Dei Verbum", da Federação Bíblica Católica (Nş 42, 1/97).
Libertação e inculturaçãoNo campo religioso, segundo o líder cristão sul-africano Desmond Tutu bispo anglicano e Prêmio Nobel da Paz , existe uma esquizofrenia na alma africana, entre a cultura tradicional do continente e o cristianismo ocidental. A cultura ocidental chegou junto com o Evangelho. Com freqüência, por exemplo, música, ritmos e danças africanos foram substituídos por cânticos ocidentais acompanhados por um órgão importado. Face à herança perversa do colonialismo, tanto no campo cultural quanto no político, não é de se estranhar que os teólogos africanos, quando se esforçam em ler o Evangelho nos diferentes contextos locais, caminhem em duas direções. Uns dão prioridade às questões políticas (teólogos da libertação), enquanto outros consideram prioritárias as questões ligadas à cultura africana (teólogos da inculturação). Até pouco tempo atrás, a maioria dos teólogos da libertação provinha da África do Sul. Ali, a teologia negra relacionava a mensagem libertadora do Evangelho com as situações de opressão provocadas pelo apartheid. Para esses teólogos, Jesus é um libertador. Sem dúvida, porém, para a maior parte da África ao sul do Saara, a forma dominante é a teologia da inculturação. A meta é integrar o cristianismo na vida e na cultura dos povos africanos. Os principais representantes dessa teologia definem Jesus como o Irmão mais Velho, o Antepassado, o Chefe ou Aquele que cura. São imagens familiares à cultura africana. J.R.L./P.P-L. |
Para maiores informações, ou para receber os textos completos, faça contato com:
Colaboração da:
Biblioteca Comboniana Afro-brasileira. E-mail: comboni@ongba.org.br |