São cerca de 800 mil e habitam as montanhas da Núbia, na região central do Sudão. Ali, resistem como podem à violenta agressão praticada pelo governo fundamentalista islâmico.
A partir do século 16, o Sudão setentrional recebe uma maciça imigração de árabes, vindos do Egito, Marrocos e Arábia. Com eles, começa o processo de islamização: a fé muçulmana e a língua árabe se sobrepõem às antigas religiões e culturas.
Atualmente, dois terços dos cerca de 26 milhões de sudaneses são de origem árabe, professam a religião muçulmana e vivem principalmente no Norte do país.
A maioria da população do Sudão meridional – cerca de 7 milhões de pessoas – é negra e pertence a religiões tradicionais ou cristãs.
O Sul sempre ficou à margem das decisões políticas, tendo que resistir a sucessivas investidas de islamização por parte dos vários governos que assumiram o poder de Cartum, desde a independência do país, em 1º de janeiro de 1956.
Nas montanhas da Núbia, a guerra civil contra o governo de Cartum teve início em 1989. Desde então, a área está isolada do resto do mundo. O governo não permite a entrada de ajuda humanitária, nem a presença de observadores internacionais.
Toda a área está sob o controle do Exército Sudanês de Libertação Nacional, o SPLA (a sigla em inglês), que leva em frente a guerra contra o governo de Cartum no Sul do país. O SPLA recebe apoio da população para continuar a resistência armada.
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