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EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
AÇÃO SOCIAL E COMUNITÁRIA



A degradação ambiental, a pesca predatória, o roubo de ovos e a caça eram as maiores ameaças à sobrevivência das tartarugas marinhas. Ações de repressão não seriam adequadas para resolver o problema, porque os pescadores caçavam para se alimentar ou para vender a carne e o casco. A solução seria encontrar novas fontes de renda para os pescadores, para que campanhas de conscientização dessem resultado.

Assim, o Tamar desenvolveu programas de educação ambiental que, em vez da repressão, coação ou discursos teóricos, envolvessem as comunidades das áreas de preservação, transformando-as em parceiros das atividades, cúmplices do mesmo ideal de salvar e proteger as tartarugas do Brasil. Em troca, ajudou as populações a melhorar a vida, criando novas possibilidades de sobrevivência e de preservação da sua cultura popular, e oferecendo-lhes, principalmente, oportunidades de trabalho. O Tamar ajudou as pessoas a mudarem de vida. Hoje, o Projeto faz parte do dia-a-dia de todos. Cerca de 300 pescadores trabalham com o Tamar, em todo o país. Eles são os tartarugueiros, que patrulham as áreas de proteção, fiscalizando os ninhos. Os mesmos que antes recolhiam os ovos e abatiam as fêmeas, quando elas subiam às praias para desovar. Além de contratar os pescadores, o Tamar-IBAMA desenvolve junto às comunidades projetos sociais, como creches e hortas comunitárias, e outros que oferecem fontes alternativas de renda, como confecções, artesanato, programas de ecoturismo, programa de guias-mirins e várias atividades de educação ambiental. Os moradores são conscientizados para a importância da preservação do meio ambiente, através de palestras, cursos, mostra de vídeos e apoio a festas regionais, buscando-se sempre o envolvimento crescente entre os funcionários do Tamar e as comunidades e o fortalecimento da cultura local.


Boa parte dos recursos para manutenção desses projetos vem da venda de produtos como camisetas, chaveiros, adesivos, bonés e outros materiais. Na base de Regência, no Espírito Santo, foi criada a Confecção Pró-Tamar, onde são produzidas camisetas e outros artigos para serem vendidos nas diversas lojas do Projeto. Assim, uma parte da comunidade tem emprego na própria confecção. Paralelamente ao trabalho junto as comunidades locais, o Tamar desenvolve a atividade de educação ambiental, de maneira formal, junto a escolas e instituições, e informalmente, através do envolvimento do grande público. São realizadas campanhas na mídia, exposições, conferências, mostras de video, distribuição de cartilhas e folheteria, e junto ao turista, especialmente os que visitam as bases do projeto no país, onde os Centros de Visitantes, com museus, tanques, lojas e vários instrumentos (multimídia, video, fotos, painéis, etc) são utilizados na divulgação do Tamar, na captação de recursos, dentro de uma ação global para a proteção das tartarugas marinhas.