Jornal mensal da diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti-RJ. |
Às Comunidades e ao Presbitério Comunhão e Administração de bens na Igreja
da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti
- Caros irmãos e irmãs,
- Graça e Paz no Senhor Jesus!
- Com sentimentos de louvor ao Bom Pastor que no dom do seu Santo Espírito nos conduz em nossa vida de comunhão e nos assiste na missão evangelizadora, entrego-lhes os resultados dos votos das Comunidades às propostas por mim apresentadas no documento "Comunhão e Administração de Bens - abril 97 ".
- Com a participação das assembléias regionais, em 09 de novembro próximo, e da Assembléia Diocesana de Cristo Rei, estará encerrada a primeira e decisiva etapa de definição de diretrizes e normas para captação, uso, posse e administração dos bens da Igreja.
- Para estudo e encaminhamentos das decisões das Comunidades e preparação das assembléias regionais e diocesana, convoco a Comissão de Coordenação do Plano de Comunhão e Administração de Bens para uma reunião na Cúria Diocesana, no dia 11 de outubro, de 16:00 às 19:00 horas. A coordenação é composta e integrada segundo as normas do documento acima citado.
- As decisões estão sendo tomadas e implementadas como expressão de comunhão e de corresponsabilidade em nossa Igreja Diocesana. Nenhuma Comunidade ficará isolada ou à margem do processo, nem abandonada à própria sorte. Para testemunhar e afirmar este compromisso realizei visitas e reuniões nas paróquias e regiões pastorais da diocese.
- Apenas umas poucas Comunidades não conseguiram cumprir com o seu dever de comunhão e de corresponsabilidade eclesial. No próximo ano, em visita pastoral, terei um diálogo pessoal e pastoral com cada uma sobre sua participação nesta etapa do plano e em seus desdobramentos. Sem dúvida, a participação deveria ter sido maior. Em toda a diocese, pouco mais de três mil pessoas participaram do estudo e votação das propostas. Em todas as reuniões deixei claro que a decisão não deveria ser tomada apenas pelo Conselho ou pela Coordenação da Comunidade.
- Reconheço que a leitura e a compreensão de qualquer documento é uma tarefa difícil para a maioria de nosso povo. Muito mais, ainda, tratando-se da matéria em questão. Mesmo, assim, o caminho percorrido ajudou- me a conhecer um pouco melhor a realidade de nossa Igreja sob o prisma da comunhão, da compreensão da Fé e da fraternidade. Ao mesmo tempo que louvamos e agradecemos a Deus pelas maravilhas que o seu amor misericordioso realiza em nós, creio que devemos suplicar que seja mais concreta a nossa comunhão, mais evangélicos os valores que nos sustentam e norteiam e mais fraterna e solidária nossa vida de Igreja.
- Os resultados das votações devem ser acolhidos por todos nós com abertura de coração, com humildade e responsabilidade face à fragilidade e à grandeza de que se revestem ao mesmo tempo. Depois de conhecer as objeções levantadas e das reflexões feitas, cresceu minha convicção de que sem efetiva partilha de bens entre nossas Comunidades não podemos afirmar que realmente formamos uma Igreja em Caxias e São João. É nossa vocação e graça viver com radicalidade a comunhão na Fé, o acolhimento, a misericórdia e a oferenda de dons e recursos. Não se pode esperar uma nova evangelização que contribua para o surgimento de uma nova civilização se a Igreja continuar a reproduzir em sua própria vida as práticas e a seguir os parâmetros que fazem a atual civilização predadora da natureza e geradora de miséria e de exclusão.
- Por outro lado, fiquei edificado com tantos testemunhos e expressões de Fé e de amor à Igreja. As demonstrações de confiança no bispo reforçam meu compromisso com nossa Igreja. Mesmo percebendo grandes desafios para a concretização da proposta de um novo modo de tratar as questões financeiras e administrativas, muitos irmãos e irmãs decidiram aprovar a proposta revelando grande generosidade e docilidade para com os apelos que o Espírito faz à nossa Igreja.
- Para estudo e votação do documento, algumas Comunidades menores se uniram a Comunidades mais antigas. Assim, para efeito de tabulação da votação, devemos considerar que somos 211 Comunidades em nossa Igreja Diocesana. Conforme previamente estabelecido, devem ser consideradas aprovadas as propostas que obtiveram 132 votos, ou seja, 2/3 do total, somados os votos positivos e as emendas.
- O quadro demonstrativo apresenta os votos das Comunidades distribuídos em cinco colunas: sim, emenda, não, branco e outros. Esta última engloba votos que foram dados como emendas, quando em verdade negavam ou alteravam a proposta, e votos negativos acompanhados de emenda ou em conflito com votos anteriores.
- Diante dos resultados obtidos, as próximas assembléias devem esclarecer e aprofundar as decisões das Comunidades seguindo roteiro que será estudado pela comissão de coordenação do plano.
- Com transparência, solidariedade e participação haveremos de percorrer o caminho que nos deverá conduzir a um jeito novo de ser Igreja na comunhão e partilha dos bens a partir do primeiro dia do novo milênio.
- Que a graça do Cristo Pastor, o amor do Pai e a sabedoria do Espírito estejam conosco nesta nova etapa de nossa caminhada.
+ Mauro Morelli
1º bispo da Igreja Católica Apostólica Romana
em Duque de Caxias e São João de Meriti, RJ
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