Jornal mensal da diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti-RJ. |
Editorial
Buscando inspiração e proteção
- Um ano termina e outro começa. No momento em que sobram retrospectivas e se apela para as forças dos deuses e da natureza para levar bons fluídos ao ano que começa, eu coloco 1998 debaixo da proteção de Teresa de Calcutá.
Ao falar das origens: "De sangue e de origem eu sou albanesa. Por cidadania, sou indiana. Sou religiosa católica. Por vocação, pertenço ao mundo inteiro. Mas meu coração pertence inteiramente ao coração de Jesus".
- E deixo que ela, com suas palavras cheias de ternura, indique o caminho.
Ao falar da importância de conhecer os pobres: "É algo muito bonito conhecer e amar os pobres; precisamos conhecê-los, amá-los e servi-los. Para sermos capazes de fazer isso, é necessário aproximar-se deles e compartilhar com eles a alegria de amar-se".
Ao falar do amor de Deus: "Os pobres não são pobres porque querem sê-lo, mas porque são forçados a sê-lo. Nós, pelo contrário, queremos ser pobres como eles para dar testemunho tanto a eles como aos demais de que Deus é amor. É por isso que a pobreza é nossa força interior para servir e amar a Deus nos pobres".
Ao falar do serviço: "O conhecimento real da pobreza leva ao amor e o amor leva ao serviço. Se os seres humanos conhecerem as reais necessidades dos outros seres humanos, então o amor nascerá sozinho".
Ao falar de amor: "Onde estão os pobres, lá devemos estar também nós. Todos devemos ajudar os pobres, os fracos da terra, aos quais não é só necessário dar alguma ajuda material, como sobretudo, nosso amor, nós mesmos, nossa preocupação para com suas vidas".
Ao falar da igualdade: "Deus não criou a pobreza; fomos nós que a criamos. Diante de Deus nós todos somos igualmente pobres".
Ao falar da indiferença: "A maior enfermidade de nosso tempo não é nem a hanseníase nem a tuberculose, mas o sentimento de muitas pessoas de serem indesejáveis, mal amadas e como que abandonadas por todos. O maior pecado é a ausência de amor e caridade, a terrível indiferença diante do próximo que, ao longo da vida, se tornam causa de exploração, corrupção, indigência e enfermidade".
- Ao falar da partilha: "É necessário que cada ser humano tenha alimento, remédio, possibilidade de tratar-se, mas, sobretudo, amor. A maior injustiça que se faz aos pobres é não respeitá-los, desprezá-los. Somente quando os ricos começarem a repartir suas riquezas com os pobres, então eles também serão felizes e tranqüilos".
- Ao falar dos pobres: "Tenho assumido a representação dos pobres do mundo inteiro: dos que não são amados, dos indesejados, dos desassistidos, dos paralíticos, dos cegos, dos leprosos, dos alcoólatras, dos marginalizados, dos que não conhecem nem amor e nem mínimas relações humanas".
Ao falar de Deus: "Já não faço mais nada. É Deus que faz tudo. É ele que se serve dos meus pobres para manifestar sua riqueza e de minha vida para dar sua vida, seu grande amor por todos, principalmente pelos que sofrem".
- Ao falar do relacionamento humano: "Sejam a expressão viva da amabilidade de Deus: amabilidade no rosto, nos olhos, no sorriso, na maneira de cumprimentar. Nos porões da humanidade, vocês precisam ser a amabilidade de Deus para com os pobres. Dêem sempre um sorriso carinhoso às crianças, aos pobres, a todos os que sofrem e se encontram sozinhos. Dêem-lhes não apenas seus cuidados, mas sobretudo seus corações".
- Que 98 seja iluminado pela estrela de Madre Teresa de Calcutá, que hoje brilha ainda mais do que ontem.
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