Povos guaranis
Segundo estimativas, os Guarani somavam entre 1,5 e 2 milhões de pessoas no século 16. Habitavam uma área que ia do Estado de São Paulo, no Brasil, até a Argentina e o Paraguai e falavam fundamentalmente a mesma língua.
Um dos fundamentos da vida guarani é a busca da "Terra sem Males" uma espécie de paraíso terrestre, sem doenças nem morte. Grupos inteiros peregrinaram anos a fio à sua procura.
Guerras, maus-tratos, epidemias e cativeiro formaram os quatro pilares do genocídio provocado pelos conquistadores europeus. Entre 1610 e 1768, milhares de Guarani foram juntados pelos padres jesuítas em dezenas de "reduções". Estabeleceram uma sociedade organizada e auto-suficiente, que conseguiu resistir durante muito tempo às investidas de caçadores de escravos espanhóis e portugueses.
A batalha dos Guarani pela sobrevivência física e cultural continua nos dias atuais, no Paraguai, Argentina e Brasil (Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
A família guarani divide-se em três grandes grupos: os Avá-Chiripá ou Nandeva (com uma população estimada em 9 mil pessoas), os Mbyá (entre 10 e 11 mil) e os Kaiowá (35 a 40 mil). Estudiosos afirmam que também os Chiriguanos, da Bolívia (60 a 70 mil pessoas), fazem parte da mesma família.
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