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Dificuldades
Mas não basta o desejo de alguns para materializar uma campanha de massa realmente eficiente.
Para que apresente resultados e atinja seus objetivos é preciso que seja planejada e articulada pelo maior número possível de segmentos representativos da sociedade, reunidos em harmônica parceria.
O primeiro passo foi um dos mais difíceis dessa longa trajetória: vencer a inércia. O assunto parecia não interessar à maioria da sociedade. O descaso em relação às vítimas era evidente.
Foi preciso sensibilizar setores estratégicos da sociedade e obter deles o compromisso necessário.
Isso só foi possível com a descentralização das reuniões do grupo de trabalho formado pelo CEDECA/Ba, UNICEF, CHAME e Sindicato dos Caminhoneiros.
As adesões se sucederam e foi formada uma Comissão integrada, hoje, por dezenas de representações.
Outra grande dificuldade consistiu em harmonizar as idéias e neutralizar os diversos interesses institucionais relacionados com o assunto. Chegar a um consenso sobre o que e como estruturar a campanha, priorizando as linhas de ação, requereu paciência e respeito mútuo.
A Comissão, determinada a cumprir suas metas, ganhou maturidade suficiente para recusar campanhas gratuitas que não atendiam perfeitamente aos objetivos da proposta.
Finalmente, quando já parecia impossível materializar a campanha , a agência de publicidade Engenhonovo, de Salvador, hoje considerada como autêntica parceira do CEDECA/Ba, conseguiu, com competência e criatividade, dar linguagem publicitária ao processo de mobilização. A Campanha apresentada recebeu aprovação unânime da Comissão.
Seguiu-se outra grande dificuldade: a veiculação. Os signatários da campanha, escolhidos pela Comissão - CEDECA/Ba, Unicef e Polícia Militar da Bahia - buscaram o apoio de todos os importantes veículos de comunicação locais. Foi um árduo trabalho de persuasão, mas a campanha acabou veiculada gratuitamente em horário nobre.
- Criação gratuita pela Engenhonovo Publicidade, de Salvador.
-Preservação da imagem da menina prostituída, garantindo-lhe os direitos fundamentais e o respeito à sua condição de pessoa em desenvolvimento.
- Na mídia impressa, foram reproduzidas diversas situações em que ocorre a exploração sexual, denunciando o explorador como criminoso e pedindo sua responsabilização e punição na forma da lei. Por isso foi escolhido um par de algemas como imagem/símbolo da campanha.
- Participação dos compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, da cantora Daniela Mercury e do ator Renato Aragão, o Didi, na mídia eletrônica, convocando a sociedade a denunciar os crimes sexuais.
- Divulgação de telefones para recebimento de denúncias: 156, da Prefeitura Municipal e 533- 5757 da PM
- Signatários da primeira fase da Campanha:
CEDECA/Ba, Unicef e Polícia Militar da Bahia.
- Todos os veículos de comunicação locais cederam espaços para a campanha.
A campanha não se esgotou na mídia. Ela dizia o que fazer e como fazer. "Quem cala, consente. Denuncie a exploração sexual de crianças e adolescentes".
Nas vozes dos artistas refletiu-se o sentimento de todos aqueles que viveram os difíceis momentos do processo. Não se enganaram os que lutaram pela participação desses nomes. Eles deram vida e encanto à campanha.
O abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes passaram a ocupar grandes e importantes espaços na mídia. O problema despertou o interesse da sociedade civil e dos órgãos públicos dos diversos escalões. Nos meios acadêmicos estimulou pesquisas e análises de vários níveis, buscando entender e enfrentar o fenômeno.
Com três meses de veiculação no Estado da Bahia, a campanha se tornou nacional, ao ser lançada oficialmente pelo Presidente da República, após termo de cessão ao Ministério da Justiça/Secretaria dos Direitos da Cidadania. A campanha recebeu um novo signatário: o Governo Federal e passou a ser veiculada nacionalmente.
Em Salvador, estudantes de todos os graus, professores, entidades de classe e associações comunitárias buscaram no CEDECA - atuando como verdadeiro centro de referência - conhecimentos técnicos sobre o assunto.
A participação das polícias no processo de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na Bahia serviu de modelo em todo o país. Detectada como um dos elementos facilitadores da violência sexual, a Polícia Militar decidiu participar ativamente do processo, tornando-se signatário da campanha e importante parceiro do Unicef e do CEDECA/Ba.
1. Articulação
2. Objetivos
3. Metas
4. Estratégias
5. Dificuldades6. A Campanha
7. Resultados
8. Produtos
9. Mobilização
10. Banco de dados11. Peças da Campanha
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