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2. A AVENTURA DA VIDA
O nascimento ocorre quase sempre à noite e para chegarem ao mar elas se orientam pela luminosidade do horizonte. Mas uma chuva forte, provocando o resfriamento da areia, pode provocar o nascimento de uma ninhada durante o dia.
Os filhotes são pequenos e frágeis, medindo apenas cerca de cinco centímetros. Muitos são devorados por carangueijos, aves marinhas, polvos e principalmente peixes e outros morrem de fome e doenças naturais. De cada mil tartarugas nascidas, apenas uma ou duas vão chegar à idade adulta. Mas, depois de adultas, poucos animais conseguem ameaçá-las - à exceção do homem e do tubarão.
Durante cerca de 14 meses as novas tartarugas desaparecem - os pesquisadores chamam de ano perdido - porque quase não há informações sobre o que se passa com elas nesse tempo. Imagina-se que fiquem flutuando por entre as algas ou vagando no mar aberto. Após um ano, podem ser vistas nos recifes e praias do litoral, buscando alimento. As tartarugas marinhas são geralmente omnívoras, embora uma espécie se alimente apenas de algas após o primeiro ano de vida e outra prefira alimentos gelatinosos, como medusas e águas-vivas. Somente na fase adulta vão se tornar visíveis as diferenças entre machos e fêmeas. A cauda do macho, por exemplo, se torna mais grossa e chega a ultrapassar as nadadeiras posteriores.
As tartarugas ganham muito peso. Um filhote recém-nascido da tartaruga de Couro pesa 30 gramas em média e essa mesma tartaruga na idade adulta chega a pesar 700 quilos. Isso faz com que freqüentemente mudem de lugar para atender às suas necessidades alimentares. Quando adultas elas vão voltar quase sempre à mesma praia em que nasceram para desovar e a cada vez que voltam fazem as posturas sempre em locais próximos uns dos outros.
1. A Reprodução
3. As ameaças