Oi, amigos!
É HORA DE SONHAR E... TRABALHARVem o Natal. Brilha ainda uma vez o sorriso da criança deitada na manjedoura. Bate de novo no coração da gente a saudade de um mundo cheio de paz e de harmonia.Vem o Natal e com ele a vontade de sonhar com ruas cheias de crianças felizes; com jovens preparando-se sem medo para assumir seu lugar na sociedade; com pais e mães lutando e trabalhando felizes por verem ser direitos reconhecidos e respeitados; com velhos admirados e considerados pela sua experiência. Vem o Natal e com ele a necessidade de acordar e agir. Há muita coisa para consertar no mundo. Sonhar é bonito, mas nada acontecerá se a gente não arregaçar as mangas. O Menino Jesus vem para trazer um projeto. Mãos à obra. É hora de assumirmos a a nossa parte. A criação de um mundo novo depende do compromisso de cada um de nós. FELIZ NATAL! |
Xavier |
(Texto: Piemme. Adaptação: Xavier. Desenhos: Adriano)
Braskuka e Pepita estão sentados na praça. Braskuka está comendo pipoca e
Pepita está bebendo uma coca. Na rua passam umas pessoas carregando um monte de
presentes. Estamos na época do Natal. Braskuka: Faltam poucos dias para o Natal. O povo endoidou. É um tal de correr de um lado para outro à procura de presentes... Se eu pudesse, acabaria com essa festa. Pepita: Falou certo! Todo ano é sempre a mesma coisa! Faz tempo que não acontece nada de novo. Mas algo de novo estava para acontecer. No prédio da F.I.E.S.E. (Federação das Indústrias e das Empresas Sem Escrúpulos), durante uma reunião... Empresário 1: Todas as empresas registraram uma queda nas vendas de todos os produtos. Acabou-se o tempo em que o povo comprava presentes, panetone, brinquedos... É a crise, senhores! Estamos em plena crise! Enquanto isso... As crianças brincam de pega-pega. Num canto há um Papai-Noel triste porque ninguém lhe dá atenção. Atrás dele há um montanha de presentes. Empresário 1: E vocês sabem de quem é a culpa? A culpa é das crianças! Esses pestinhas não acreditam mais em Papai-Noel, nos presentes, em todas aquelas besteirinhas que vendíamos na época de Natal... Empresário 2: Estão enjoadas de videogames. Não se entusiasmam mais com as armas de brinquedo. Empresário 1: Têm a cabeça feita. Falam de ecologia. Em vez de se divertirem, passam horas ajudando os outros. Organizam iniciativas para acabar com a violência... Empresário 2: Estão querendo acabar com o consumismo... Estão querendo acabar conosco. O pânico tomou conta dos homens de negócio. Ladroeira: Eu tenho uma idéia fantástica. Outro empresário: Silêncio, colegas, a palavra é do Doutor Ladroeira, diretor do SEDAF, Setor da Fraude & Fraudulência & Falcatrua. Que idéia era essa? Convidaram toda a criançada para assistir a um show de Mikael Gesson, de graça, deram comida e brinquedos para todo mundo, mas na hora de voltar para casa... Quem disse que podiam sair? Estava todo mundo preso! Graças a Deus que a turma Alô Mundo encontrou um amigo, Emanuel, que os ajudou a sair do prédio. |
Ao envelhecer, começou a pensar como dividiria a herança entre seus filhos. Um dia, quando uma grave doença anunciou-lhe que era a hora da morte podia estar próxima, decidiu fazer um teste para saber qual dos filhos era o mais inteligente.
Chamou os três, entregou a cada um deles uma pequena quantia de dinheiro e mandou que comprassem algo que enchesse seu quarto, que era frio e vazio. Os filhos pegaram o dinheiro e saíram à procura do presente que satisfizesse o desejo do pai.
O filho mais velho achou a tarefa fácil demais. Foi até a feira e comprou a primeira coisa que encontrou: um belísimo tapete. "Irei colocá-lo aos pés da cama de meu pai para que, ao descer dela, não tenha que colocar o pé no chão."
O segundo filho parou para pensar. Preferiu percorrer todas as lojas antes de tomar uma decisão. Depois de refletir, decidiu comprar dois magníficos quadros. "Eles vão dar um pouco mais de vida às paredes do quarto do meu pai."
O filho mais novo ficou pensando um bom tempo. "O que é que eu posso comprar com esse dinheiro? Preciso de algo barato, mas que, ao mesmo tempo, dê vida e calor ao quarto de meu pai.". Depois de pensar muito, teve finalmente uma idéia. Foi até uma lojinha e comprou uma vela e uma caixa de fósforos. Voltou para casa com o coração explodindo de felicidade.
O dia seguinte, os três filhos reuniram-se no quarto do pai e apresentaram seus presentes. Primeiro, o mais velho estendeu o tapete no chão. Era lindo de se ver, quente e muito colorido, mas infelizmente encheu só um canto do quarto. O segundo filho mostrou os dois quadros e os pendurou nas paredes frente à cama do pai: eram muito bonitos mas adornavam só duas paredes. A escuridão e o frio continuavam tomando conta daquele pequeno aposento.
O pai estava muito decepcionado pelos esforços dos dois filhos. A sua última esperança era o filho mais novo. Este não se fez esperar. Foi até o centro do quarto e acedeu a vela com um fósforo. De repente a pequena chama encheu todo o quarto de luz e calor. Todos sorriram. Foi para o filho mais novo que o pai destinou suas terras e seu dinheiro. Ele demostrara entendeu que era o único bastante inteligente para fazer bom uso dessa riqueza.
Apesar do calor do verão, o frio e as trevas tomam conta do coração da gente. A injustiça, o ódio, o sofrimento, a tristeza, a violência... entristecem os nossos dias e nos mergulham numa atmosfera de morte. Natal é a festa da luz. Cristo, a luz verdadeira da humanidade, veio para iluminar o mundo e trazer paz e alegria para a nossa vida.
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Os soldados de Herodes não tiveram compaixão por ninguém. Invadiram as casas do reino e mataram todos os recém-nascidos que encontaram.
Alarmados, José e Maria enrolaram seu filho em um cobertor e fugiram para o Egito. Na noite do primeiro dia de fuga, cansados e famintos, procuraram refúgio em uma gruta. Fazia frio, tão frio que a terra se tronara branca de tanto gelo.
Os três ajeitaram-se num cantinho. Ficaram juntinhos para aquecer um ao outro. Ouviam-se de longe o galope dos cavalos dos soldados e os gritos das mães que choravam a perda de suas crianças.
Maria e José acreditavam que ninguém os tivera visto. Na realidade havia uma testemunha. Uma pequena aranha que se balançava em um fio logo na entrada da gruta. Ao ver a criança, a aranha desejou fazer alguma coisa por ela. Sabia que todo o mundo levara um presente para aquele menino. Agora era a sua vez de homenagear o Filho de Deus.
Decidiu fazer a única coisa que uma aranha sabe fazer: tecer uma teia na entrada da gruta, para enfeitá-la com uma bonita e delicada cortina.
A aranha terminou seu trabalho, justamente quando uma patrulha de soldados de Herodes chegava à entrada da gruta. Um dos soldados desceu do cavalo para ver se havia alguma criança ali. Mas o comandante, ao reparar na teia, deu-lhe ordem de voltar. "Não adianta procurar aí", disse o oficial. "Não vêem que essa teia está intacta? Se alguém tivesse entrado na gruta ela estaria quebrada."
Os soldados continuaram seu caminho de morte e destruição e o Menino Jesus foi salvo graças à teia da aranha.
É para lembrar esse gesto que colocamos, no Natal, enfeites nas árvores e nas casas. Os fios dourados lembram os fios da teia de aranha, brancos pelo gelo, dourados pelos reflexos dos raios da lua que iluminou aquela noite fria. Uma noite em que uma pequena aranha salvou a vida do Filho de Deus.
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