Se não bastassem tantos outros bons motivos, SEM FRONTEIRAS tem uma razão a mais para fazer da África e dos filhos daquele continente uma preocupação constante: é que a congregação dos missionários combonianos, editores da revista, nasceu lá, em meio às alegrias e dores africanas, cento e poucos anos atrás.

No mês de Zumbi e da Consciência Negra, trazemos para os nossos leitores e leitoras uma longa matéria de capa sobre a parte do continente africano que uma história cruel trouxe para o lado de cá do Atlântico.

América afro-latina: Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós! é bem mais do que uma chamada de atenção para o fato de que "black is beautiful" (negro é bonito).

Numa rápida viagem por países como o Brasil, Haiti, Peru, Colômbia e Nicarágua, além de outros, acompanhamos algumas das estações da Via-sacra da população afro- latino-americana - e não é pouca gente: são cerca de 150 milhões de pessoas exigindo respeito, dignidade, reconhecimento, nas trilhas de Zumbi.

Na seqüência, vale a pena tirar tempo para uma visita aos acampamentos da Pastoral dos Nômades. Em De bem com o diferente, o autor conta o que foi ensinado a ele a respeito dos ciganos em sua infância no Rio Grande do Sul. E convida todo mundo a "não esconder as galinhas".

A celebração de Todos os Santos é lembrada na matéria Por exemplo, Benedito, que conta a saga do santo negro "que é tão simples como nós, sabe quem somos, vai ouvir a nossa voz", um dos mais populares e queridos do Brasil.

Ainda sobra tempo para ouvir a história envolvente de um agricultor filipino que confessa: "Mudei, e não me arrependi". E, também, para acompanhar as reflexões de um monge beneditino brasileiro sobre o Novo Milênio, em Paz e justiça na terra.

É assim que SEM FRONTEIRAS canta um cântico a Zumbi neste mês em que a Consciência Negra, no dia 20 de novembro, celebra no Brasil a vida e a luta do seu herói máximo.

É assim também que a revista, através do conjunto dos temas abordados, continua a circular com desenvoltura por caminhos e veredas onde se encontram e abraçam o sonho de uma sociedade nova, a fé em Deus, a esperança e a coragem de não cruzar os braços.

Caminhos e veredas por onde transitam muitos heróis e heroínas, santos e santas, vivos e mortos. Que a lembrança da morte, no Dia de Finados, e a confiança de que são muitas as moradas na casa do Pai reforcem a vontade e a alegria de trabalhar pela vida, sempre, assim na terra como no céu.


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